TV Morena 60 anos: conheça histórias de bastidores e evolução tecnológica no jornalismo em MS
23/12/2025
(Foto: Reprodução) TV Morena é pioneira na comunicação regional e referência em tecnologia
A TV Morena completa 60 anos em 2025 e sua história mostra como a evolução tecnológica transformou o jornalismo em Mato Grosso do Sul. Dos primeiros transmissores fabricados pelo grupo Zahran até as câmeras digitais atuais, a emissora acompanhou mudanças que alteraram rotinas, processos e a forma de levar informação ao público.
Do improviso às transmissões em rede nacional
Em 1960, quando o Brasil tinha apenas 26 emissoras de televisão, Ueze Elias Zahran e os irmãos criaram equipamentos próprios para colocar o sinal no ar. O primeiro transmissor, chamado “Maxwell”, tinha potência de 500 watts e alcançava até 10 quilômetros. Nos anos 1990, foi substituído pelo “Engesel”, quatro vezes mais potente.
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O início foi marcado por improvisos e dificuldades. Cinegrafistas como Jefferson Parra relatam os desafios da época.
“Eu fui pro Pantanal com a câmera dessa, e ela era alimentada pela bateria. Tinha que ligar o motor e espantava todos os bichos. Aí não conseguia filmar.”
Mesmo com limitações, a emissora conseguiu emplacar reportagens em rede nacional, como o conflito entre posseiros e indígenas Kadiwéu na Serra da Bodoquena, exibido no Fantástico nos anos 1980.
Coberturas históricas
A evolução tecnológica permitiu registrar momentos importantes do estado. Em 1977, a criação oficial de Mato Grosso do Sul foi acompanhada pela TV Morena. Em 1991, a visita do papa João Paulo II a Campo Grande reuniu mais de 100 mil pessoas e também foi registrada pelas lentes da emissora.
Wilson Bisol, repórter cinematográfico por 40 anos, lembra da cobertura.
“Eu fiz a cobertura com o Marcos Losekan para o Jornal Nacional. Eu fiquei muito próximo dele. Sempre lembro dessa história porque eu me arrepio até hoje. Ele me abençoou, estava a uns 2 metros de distância.”
A chegada da modernidade
Com o avanço da tecnologia, o trabalho mudou. Valdeir Pereira, cinegrafista em Corumbá há 15 anos, explica.
“Hoje trabalhamos com uma câmera bem mais leve. Levamos dois cartões de 180 minutos cada. Gravou, a gente consegue mandar pela internet em tempo real.”
João Vieira, cinegrafista em Dourados há quase 30 anos, também destaca a diferença.
“Naquela época tinha que ter cinegrafista, assistente e motorista que fazia papel de iluminador. Hoje você pega um celular e a matéria acontece.”
O futuro
A evolução tecnológica reformulou rotinas, equipamentos e processos. Mas, por trás das mudanças, o trabalho humano continua essencial para levar informação às casas.
TV Morena é pioneira na comunicação regional e referência em tecnologia
TV Morena/arquivo
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