Sem protestos e notas de militares, prisão de Bolsonaro e outros réus foi planejada por Moraes para dar o tom de normalidade num país democrático

  • 26/11/2025
O dia da execução da sentença do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos demais réus do núcleo crucial chegou. Nada de protestos nem de comemorações nas ruas da oposição e de governistas. Tampouco notas de militares descontentes com a prisão de oficiais do Exército e da Marinha. Tudo transcorreu num clima de discrição e sem espetáculos. Ao contrário do que apoiadores de Bolsonaro previam, de que seria um momento de grande instabilidade no país, as prisões pegaram todos de surpresa, sem tempo de reação. O ministro Alexandre de Moraes decidiu programar esta terça-feira (25) exatamente para evitar exploração política e dar um tom de normalidade num país democrático para prisões de quem atente contra a democracia. Cumprimento de pena de Bolsonaro tem repercussão na imprensa internacional Por isso, Jair Bolsonaro permaneceu onde já estava em prisão preventiva, na Superintendência da Polícia Federal. A prisão dos militares foi combinada entre o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o comandante do Exército, Tomás Paiva, com o ministro Alexandre de Moraes. O desfecho do julgamento da ação penal do golpe para seus planejadores mostra que, apesar de todas as pressões da direita, prevaleceu a regra institucional. E manda o recado para futuros golpistas de que, se tentarem de novo, podem ter o mesmo destino, serem presos. Nesta terça-feira (25), nada menos que três oficiais militares foram presos e um teve sua prisão preventiva transformada em definitiva. Nada trivial para um país que já passou por ditaduras militares e que, mesmo assim, militares tentaram de novo uma aventura golpista. O Exército estava aliviado com o desfecho das prisões dos oficiais militares. Eles foram presos por soldados de suas Forças, no início da tarde de ontem, e as prisões só foram divulgadas depois de executadas. Em Brasília, três oficiais militares foram presos: os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira e o almirante Almir Garnier. Braga Netto permanece onde está, numa dependência do Exército no Rio. Não por outro motivo o ministro José Mucio destacou que o desfecho da ação penal não foi seguido de notas nos quartéis nem de militares da reserva. Foi, como ele disse e repetiu, o fim de um ciclo. A história vai dizer se realmente esse ciclo de aventuras golpistas de militares ficou no passado.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/blog/valdo-cruz/post/2025/11/26/sem-protestos-e-notas-de-militares-prisao-de-bolsonaro-e-outros-reus-foi-planejada-por-moraes-para-dar-o-tom-de-normalidade-num-pais-democratico.ghtml


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