Operação em SP cumpre mais de 1,4 mil mandados de prisão contra agressores de mulheres
30/12/2025
(Foto: Reprodução) Operação em SP cumpre mais de 1,4 mil mandados de prisão contra agressores de mulheres
Reprodução/TV Globo
A Polícia Civil de São Paulo, em ação coordenada com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo e a Secretaria de Políticas para a Mulher, realiza nesta terça-feira (30) uma operação de alcance estadual para prender agressores acusados de crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Ao todo, são cerca de 1,4 mil mandados expedidos pela Justiça, envolvendo diferentes formas de agressão. As decisões judiciais começaram a ser cumpridas na noite de segunda (29). Segundo o último balanço, até as 22h30 226 procurados tinham sido presos.
A iniciativa integra a estratégia do governo de São Paulo de enfrentamento à violência contra a mulher, unindo ações repressivas, prevenção e políticas públicas de proteção.
A operação acontece em meio a uma alta de casos de feminicídios. Em 2025, a cidade de São Paulo registrou o maior número para um ano desde que a série histórica foi iniciada, em abril de 2015.
Um dos episódios recentes que chocaram e geraram forte repercussão foi o da mulher atropelada e arrastada por mais de um quilômetro na Marginal Tietê pelo ex-ficante. Ela teve as pernas amputadas e morreu após quase um mês internada.
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A mobilização envolve todos os Departamentos de Polícia Judiciária do Interior e todas as seccionais do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, com atuação direta das Delegacias de Defesa da Mulher. Cerca de 1,7 mil policiais civis atuam na operação.
O objetivo é ampliar a segurança das mulheres, interromper ciclos de violência e assegurar o cumprimento rigoroso das decisões judiciais.
A ação conta com o apoio direto da Secretaria de Políticas para a Mulher.
A iniciativa SP Por Todas é um movimento do governo estadual voltado à ampliação da visibilidade das políticas públicas para mulheres que reúne ações como o aplicativo SP Mulher Segura, que conecta as vítimas diretamente às forças policiais, e a expansão das Delegacias de Defesa da Mulher com atendimento 24 horas.
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