Na véspera de encontro entre Trump e Zelensky, Rússia faz um dos maiores ataques contra Ucrânia desde início da guerra
28/12/2025
(Foto: Reprodução) Rússia lança centenas de drones contra Ucrânia um dia antes de encontro entre Zelensky e Trump
A Rússia atacou a Ucrânia na véspera da reunião entre os presidentes Donald Trump e Volodymyr Zelensky.
Os ucranianos amanheceram sob um dos maiores ataques russos desde o início da guerra. Mais de 500 drones e dezenas de mísseis atingiram a capital Kiev e outras regiões do país em uma ofensiva que durou dez horas e combinou destruição militar e impacto direto sobre a população civil.
Em Kiev, incêndios se espalharam durante a madrugada. Bombeiros trabalharam a noite toda para conter as chamas e retirar moradores dos edifícios danificados. O ataque comprometeu a infraestrutura da cidade em pleno inverno. Segundo as autoridades, um terço da capital ficou sem aquecimento. A rede elétrica também foi atingida.
"Vivemos como em uma loteria: vai atingir ou não vai. E hoje, 27 de dezembro, atingiu a gente. Como é possível viver assim? Eu não aguento mais", disse uma moradora.
Os ataques feriram mais de 30 pessoas e deixaram dois mortos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a ofensiva russa foi uma resposta aos esforços diplomáticos em andamento.
Na véspera de encontro entre Trump e Zelensky, Rússia faz um dos maiores ataques contra Ucrânia desde início da guerra
Jornal Nacional/ Reprodução
Zelensky e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vão se reunir neste domingo (28), em Palm Beach, na Flórida, para discutir o plano de paz americano. Uma reunião considerada decisiva, porque a Ucrânia vem relatando avanços nas conversas, mas não está claro se a Casa Branca vai aceitar as demandas ucranianas, tampouco se a Rússia concordará com qualquer proposta de paz.
Antes do encontro, Zelensky intensificou a articulação política. Ele viajou ao Canadá e de lá participou de uma videoconferência com líderes europeus. O grupo alinhou posições e discutiu documentos sensíveis que devem nortear a negociação com Washington.
Enquanto a diplomacia tenta abrir espaço para um acordo, a guerra volta a mostrar sua lógica mais dura: negociações em curso sob fogo intenso. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que, se necessário, cumprirá todos os seus objetivos militares pela força.
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