Maduro afirma que vai continuar exportando petróleo, mesmo com ameaças de Donald Trump
17/12/2025
(Foto: Reprodução) Venezuela declara que vai continuar exportando petróleo apesar das ameaças de Trump
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que vai continuar exportando petróleo, apesar das ameaças do presidente americano, Donald Trump.
O satélite mostra a movimentação de embarcações na costa da Venezuela um dia depois do anúncio. Autoridades em Caracas disseram ao jornal “The New York Times” que a Marinha venezuelana escoltou petroleiros para garantir a segurança. Ainda não está claro como os Estados Unidos vão impedir a entrada e a saída dos navios alvos de sanções americanas. Mas Trump disse nesta quarta-feira (17) que não vai deixar ninguém furar o bloqueio.
Na semana passada, militares dos Estados Unidos apreenderam um petroleiro, e a pressão militar que começou em agosto se transformou em pressão econômica. A indústria de petróleo venezuelana já vinha se deteriorando desde 2017, com o início das primeiras sanções americanas. A Venezuela ficou isolada do mercado internacional e começou a exportar no mercado paralelo, por meio de navios sancionados. Hoje, cerca de 80% dos barris de petróleo venezuelano são vendidos desta forma. E os Estados Unidos acusam a Venezuela de usar o dinheiro para financiar o narcotráfico.
No post de terça-feira (16), Trump também acusou a Venezuela de explorar campos de petróleo “roubados” dos Estados Unidos. Não está claro se Trump se referia à nacionalização da indústria durante o governo Hugo Chávez. A estatização causou perdas bilionárias para empresas americanas na Venezuela.
Maduro afirma que vai continuar exportando petróleo, mesmo com ameaças de Donald Trump
Jornal Nacional/ Reprodução
Trump também designou o governo venezuelano uma organização terrorista - algo inédito. Nem governos como o do Irã ou da Coreia do Norte recebem essa classificação.
Na Venezuela, o ministro da Defesa afirmou que Donald Trump está delirando. O secretário-geral da ONU, António Guterres, conversou por telefone com Maduro. Reiterou a necessidade de reduzir as tensões para preservar a estabilidade regional.
A Rússia declarou que as tensões podem ter consequências imprevisíveis. A China afirmou que se opõe ao que chamou de bullying unilateral. E a presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse que o país dela sempre será contra qualquer forma de intervenção.
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