Ex-pedreiro e um ano de carreira: quem é Léo Foguete, fenômeno de 9,5 milhões de ouvintes que levou forró à maior arena sertaneja do Brasil
27/08/2025
(Foto: Reprodução) Léo Foguete inunda templo sertanejo com forró
Léo Foguete ganhou, em 2025, o status de nova estrela da música no Brasil. E não é por acaso. Das das 50 músicas mais tocadas entre janeiro e junho deste ano, três são dele, segundo o levantamento da Pró-Música, com dados das plataformas digitais. São elas: as duas gravações de "Última noite", e "Cópia proibida", que é composição dele.
Com ascensão meteórica, digna da inevitável comparação com o nome artístico que ele usa, o cantor inundou a maior arena sertaneja do Brasil, na Festa do Peão de Barretos, com o forró eletrônico que defende bem e o fez se tornar um dos principais nomes do gênero.
Antes de fazer um show animado e com aura de "rolê aleatório", Leo Foguete recebeu o g1 com exclusividade para mostrar como alguém com 21 anos de idade e apenas um de carreira subiu a um dos palcos mais importantes da música sertaneja - sendo um cantor de forró. Os 9,5 milhões de ouvintes mensais no Spotify talvez expliquem.
"Cara, eu nem acreditei. Eu estou muito feliz, sei o quanto esse lugar é importante, eu estou muito honrado de estar aqui e saber que a minha música chegou há muito gente a ponto de eu ser chamado para um lugar desse", disse o cantor ao g1.
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Léo Foguete faz show no palco principal da Festa do Peão de Barretos
Ricardo Nasi/g1
A rapidez do sucesso é inversamente proporcional às dificuldades que Léo Foguete teve na vida. De família humilde, o cantor, natural de Petrolina, em Pernambuco, chegou a trabalhar como porteiro, pedreiro e entregador de mercadorias antes de se tornar conhecido.
O ponto de virada na vida do artista foi quando o conterrâneo João Gomes gravou em 2023 a música "Mais uma noite", que tem Léo Foguete como um dos autores.
📸 FOTOS: Léo Foguete estreia no Barretão
A música fez sucesso com João e, no embalo, o cantor e compositor debutante recebeu o aval do mercado para gravar o primeiro álbum, Obrigado Deus, lançado em outubro do ano passado.
Com 13 músicas, incluindo os dois hits do top 50, o álbum "Obrigado Deus" ascendeu nas playlists no primeiro semestre de 2025, impulsionado muito pela catarse de repercussão de "Última Noite", que Léo tem uma gravação sozinho e uma ao lado de Nattan.
"Foi difícil, mas chegamos aqui. Eu ganhei meu primeiro violão com seis anos. Sempre tive uma família muito ligada a música, que inclusive me deu a base para tão novo já ser compositor e escrever sobre as coisas que eu estou sentindo", completou Léo durante a conversa com o g1.
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Sertanejo não foi de paraquedas
Apesar de ser essencialmente do forró eletrônico, Léo Foguete está longe de ter tido o primeiro contato com o universo sertanejo apenas na Festa do Peão de Barretos. Além de fazer várias releituras de canções do gênero em sua apresentação, ele contou que, como muitos brasileiros, cresceu ouvindo o estilo musical.
"A dupla que eu mais ouvi na vida foi Zezé di Camargo e Luciano. Mas atualmente eu escuto muito Matheus e Kauan também", lembrou Léo, citando a dupla que se apresentou com ele em Barretos no último domingo (24).
Léo Foguete canta hits na Festa do Peão de Barretos 2025
Ricardo Nasi/g1
VÍDEOS: Barretão 2025
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