Eduardo Bolsonaro diz que recebeu com 'pesar' decisão dos Estados Unidos retirar sanções contra Moraes
12/12/2025
(Foto: Reprodução) Eduardo Bolsonaro reage à decisão de retirar Alexandre de Moraes da Lei Magnitsky
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta sexta-feira (12) que recebeu com 'pesar' a notícia de que o governo dos Estados Unidos retiraram as sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em uma nota postada no X, antigo Twitter, o deputado disse que a sociedade brasileira perdeu uma "janela de oportunidade" para "enfrentar seus próprios problemas estruturais".
O governo norte-americano retirou Moraes e sua esposa, Viviane, da lista de sancionados da Lei Magnitsky. O comunicado do governo americano não explica as razões para a retirada da lista.
Lei Magnitsky: o que Alexandre de Moraes e esposa recuperam após serem retirados da lista do governo Trump?
A lei é utilizada pelo governo norte-americano para sancionar estrangeiros. Moraes foi incluído na lista de punidos em julho deste ano.
Eduardo Bolsonaro é recebido por Donald Trump na Casa Branca
Divulgação/Casa Branca
🔎 Por conta da sanção, todos os eventuais bens de Moraes, da esposa e de uma empresa pertencente ao casal nos EUA estavam bloqueados. Cidadãos americanos também não podiam fazer negócios com o ministro.
A GloboNews apurou junto ao Itamaraty que o Brasil já tinha sinais de que a retirada poderia acontecer desde o último telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente americano Donald Trump.
O governo brasileiro trabalhava com sinais de que isso se resolveria antes do fim do ano e afirma que o tema sempre foi pauta em reuniões – tanto em nível ministerial, entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio – como em nível presidencial.
Atuação de Eduardo
Eduardo Bolsonaro é apontado como um dos negociadores das sanções contra Moraes e outras autoridades brasileiras impostas pelo governo norte-americano.
À época da sanção, o governo americano justificou a decisão citando o processo que corria no STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à época ainda réu por tentativa de golpe de Estado após perder as eleições para Lula (PT) em 2022.
Em 11 de setembro, Bolsonaro foi condenado a mais de 27 anos de prisão e cumpre pena na Superintentendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. No mesmo mês, o governo dos Estados Unidos incluiu a esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes, na lista.
À época, o ministro se manifestou sobre o tema, classificando a sanção aplicada pelos EUA como "ilegal e lamentável".
"Independência do Judiciário, coragem institucional e defesa à Soberania nacional fazem parte do universo republicano dos juízes brasileiros, que não aceitarão coações ou obstruções no exercício de sua missão constitucional conferida soberanamente pelo Povo brasileiro", dizia o comunicado divulgado pelo STF.
Leia o texto escrito por Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo:
"NOTA PÚBLICA
Recebemos com pesar a notícia da mais recente decisão anunciada pelo governo americano. Somos gratos pelo apoio que o presidente Trump demonstrou ao longo dessa trajetória e pela atenção que dedicou à grave crise de liberdades que assola o Brasil.
Lamentamos que a sociedade brasileira, diante da janela de oportunidade que teve em mãos, não tenha conseguido construir a unidade política necessária para enfrentar seus próprios problemas estruturais. A falta de coesão interna e o insuficiente apoio às iniciativas conduzidas no exterior contribuíram para o agravamento da situação atual.
Esperamos sinceramente que a decisão do Presidente @realDonaldTrump seja bem-sucedida em defender os interesses estratégicos dos americanos, como é seu dever. Quanto a nós, continuaremos trabalhando, de maneira firme e resoluta, para encontrar um caminho que permita a libertação do nosso país, no tempo que for necessário e apesar das circunstâncias adversas.
Que Deus abençoe a América, e que tenha misericórdia do povo brasileiro.
Eduardo Bolsonaro
Paulo Figueiredo"