Cliente dá tapa no rosto de funcionária por causa de bolsa no litoral de SP; VÍDEO
18/12/2025
(Foto: Reprodução) Cliente dá tapa no rosto de funcionária em loja do litoral de SP
Uma jovem, de 17 anos, foi agredida por uma cliente enquanto trabalhava como operadora de caixa de uma loja de variedades em Mongaguá, no litoral de São Paulo. Uma câmera de monitoramento flagrou o momento em que a funcionária foi surpreendida com um tapa no rosto (assista acima).
A mãe da vítima, que prefere não se identificar, contou que a filha trabalha como jovem aprendiz [permitido a pessoas de 14 a 24 anos] na loja na Praça Jacob Koukdjian há aproximadamente seis meses e não conhecia a cliente.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp.
De acordo com ela, o episódio ocorreu após a jovem voltar do banheiro para retomar os atendimentos no caixa. “Ela chamou o próximo da fila e, nisso, vieram duas mulheres. Acreditamos que sejam mãe e filha”, afirmou a mãe da jovem. A dupla se exaltou depois de um erro no preço das bolsas que estavam comprando.
Agressão ocorreu em uma loja de Mongaguá (SP)
Reprodução
Segundo o relato, as clientes estavam levando três bolsas, sendo duas iguais e uma de um modelo diferente. A operadora de caixa não se atentou ao detalhe e passou as três com o mesmo valor. Uma das mulheres questionou a funcionária de forma rude. “Minha filha, de prontidão, já pediu para a mocinha que estava ao lado cancelar”, relatou a mãe da jovem.
Apesar disso, a funcionária seguiu sendo ofendida. “Algumas coisas minha filha não lembra muito bem, porque ela evitou o contato com a mulher, então o tempo todo ela olha para baixo nas imagens ou ela olha para o lado. Ela evita o tempo todo o contato, porque ela já tinha visto ali uma alteração no comportamento”.
De acordo com a mãe da vítima, a cliente fez uma pergunta sobre outro item da loja, mas a funcionária respondeu que não sabia a informação. A mulher disse que estava sendo maltratada e fez ameaças contra a operadora de caixa. “Começou a falar que a minha filha estava debochando dela, começou a ameaçar, disse que Mongaguá era pequena e que ela iria pegar minha filha lá fora”, afirmou a mãe.
Segundo a mulher, a filha não respondeu às ameaças. “Como ela viu que a minha filha não retrucou em nenhum momento as agressões verbais, ela colocou a mão por debaixo de um plástico que existe na loja e bateu na ‘cara’ da minha filha”, lamentou a mãe. A jovem, segundo ela, levou um susto e levantou a mão como reação, mas logo retomou o atendimento.
Uma testemunha relatou que a mulher xingou a jovem de “macaca” e “neguinha” ao sair da loja. Porém, a funcionária não ouviu a injúria racial. “Ela não viu, porque isso já foi logo depois, quando ela estava indo”.
Funcionária levou tapa ao atender cliente em Mongaguá
Reprodução
Após agressão
Ao g1, a mãe da vítima contou que descobriu o episódio só no final do expediente da jovem, na noite de domingo (14), pois ela continuou trabalhando depois da agressão. “Me ligou chorando”, relembrou. A funcionária foi até o Pronto-Socorro Central para ser atendida e registrou o caso na Delegacia de Mongaguá.
A mãe da adolescente contou que o caso teve repercussão nas redes sociais, onde a funcionária foi acusada de bater boca com a cliente. No entanto, a mulher alega que as imagens de monitoramento provam o contrário.
“Mas mesmo se a minha filha tivesse tido esse tipo de comportamento, nada dá o direito dela bater no rosto da minha filha. A gente sabe que um tapa na cara é um tapa que ele tira a honra. Então, nada justifica. Minha filha é uma menor de idade”, afirmou.
A adolescente voltou a trabalhar após o ocorrido porque também recebeu muito apoio da população. “A população da cidade abraçou minha filha e, assim como nós, querem que a agressora pague”, finalizou.
Polícia
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso foi registrado como lesão corporal e ameaça. “Em casos de lesão corporal, cabe representação criminal para o prosseguimento das investigações. A vítima foi orientada quanto ao período para realizar a representação”.
O g1 não localizou a suspeita até a publicação desta reportagem.