Assessor que desviou R$ 11 milhões de investimentos se relacionava com mulheres para atrair vítimas, diz PF; entenda esquema

  • 04/12/2025
(Foto: Reprodução)
Operação da PF prende assessor suspeito de desviar investimentos A Polícia Federal detalhou como funcionava o esquema do assessor financeiro Frederico Goz Biagi que desviou ao menos R$ 11 milhões de investimentos dos clientes. Biagi foi preso na manhã desta quinta-feira (4) em Poços de Caldas (MG) durante a Operação Stop Loss, que também cumpriu três mandados de busca e apreensão em Ribeirão Preto (SP), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Segundo o delegado da PF Marcellus Henrique de Araújo, o suspeito selecionava vítimas com base no poder econômico delas e chegou, inclusive, a se relacionar com mulheres para adquirir a confiança delas. "Inicialmente, o investigado se aproximava da vítima, essas vítimas eram escolhidas em razão do seu poder econômico dentro da sociedade de Ribeirão Preto. A partir disso, ele começava uma engenharia social, que, além da questão do investimento financeiro, ele se tornava próximo dessas pessoas, inclusive mantendo relacionamento com mulheres", disse. Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Frederico Biagi atuou de 2020 a 2023 em um escritório de assessoria de investimentos. Já em maio de 2023, o assessor chegou a constituir uma empresa. As investigações apontaram que ele utilizava os valores dos clientes em proveito próprio, realizando operações de day trade (iniciadas e finalizadas no mesmo dia), que resultaram na perda dos recursos investidos. Para manter as vítimas enganadas, de acordo com a PF, o assessor fraudava documentos e inseria informações falsas no sistema, dificultando o acesso às informações. Ao menos dez pessoas prestaram depoimento afirmando terem sido alvo do golpe. "A partir disso, desse ambiente de confiança criado, as pessoas começavam a entregar os recursos para ele, que prometia rendimentos ao longo do prazo, só que o que se verificou é que esse dinheiro foi apropriado pelo investigado, e as vítimas foram lesadas", afirmou o delegado. O g1 e a EPTV, afiliada da TV Globo, tentam contato com a defesa de Frederico. Frederico Goz Biagi foi preso pela PF suspeito de desviar ao menos R$ 11 milhões de investimentos de clientes Arquivo pessoal Rendimentos 'dentro do padrão' Ainda de acordo com a Polícia Federal, inicialmente, Biagi prometia rendimentos exorbitantes, mas depois passou a oferecer até 2% de vantagem, rendimento considerado "dentro do padrão". A mudança, diz a investigação, foi para que, caso algum cliente pedisse o resgate do dinheiro, o assessor tivesse condições de entregar a quantia, sem ter prejuízos. "A partir do momento em que esse criminoso oferece 2%, ele tem uma margem muito maior para ir mantendo a vítima em erro. Porque, se em determinado momento, uma vítima pede algum valor que ela teria que receber, esses 2% são um montante pequeno dentro do capital total. Associado a todo esse contexto que vai se criando em torno do investigado, permitiu que ele perpetuasse no tempo toda a situação de erro com relação às vítimas", destaca Araújo. Vítimas pagavam tributos por rendimentos que não tinham Aos clientes, o assessor de investimentos divulgava os valores totais, até mesmo aqueles que ele já havia desviado. Assim, ao declararem a quantia à Receita Federal, as vítimas pagavam impostos de um dinheiro que, na verdade, já não possuíam mais. "A informação falsa era o rendimento. Para manter a vítima sob o domínio dele, ele ia fornecendo demonstrativo de rendimentos que ele fabricava [falsos]. A vítima, de posse daquilo, pegava e declarava, porque a vítima era uma pessoa honesta, então ela declarava isso perante à Receita Federal, e isso gerava um tributo, que era recolhido. E não existia o dinheiro. A vítima, além de não ter o dinheiro, ainda pagava um tributo em cima de um rendimento que ela não teve", completou o delegado. Marcellus Henrique de Araújo, delegado da Polícia Federal de Ribeirão Preto Reprodução/EPTV Crimes e pena O homem deve responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, entre eles: gestão fraudulenta; apropriação de recursos de investidor; manutenção de investidor em erro mediante omissão ou falsidade; fraude à fiscalização com inserção de informações falsas em documentos; inserção de elementos falsos em demonstrativos contábeis; e contabilidade paralela. Somadas, as penas podem variar de 10 a 37 anos de reclusão. "As investigações continuarão para a verificação da eventual participação de outros envolvidos nas práticas criminosas, bem como para identificação de todas as vítimas", completou a Polícia Federal. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/12/04/assessor-que-desviou-r-11-milhoes-de-investimentos-se-relacionava-com-mulheres-para-atrair-vitimas-diz-pf-entenda-esquema.ghtml


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