Major Ronald ajudou a definir data e local do atentado contra Marielle, diz PGR: 'Oportunidade para o homicídio'

  • 10/05/2024
(Foto: Reprodução)
A Procuradoria-Geral da República diz que ele monitorou as redes da vereadora e viu que ela participaria de um evento na Região Central do Rio no dia 14 de março de 2018. Local fica longe da Câmara, como, segundo a Polícia Federal, exigiu o delegado Rivaldo Barbosa. Major Ronald ajudou a definir data e local do atentado contra Marielle, diz PGR Foi de Ronald Paulo de Alves Pereira, o Major Ronald, encarregado de obter informações sobre a rotina de Marielle Franco, a dica de executar a vereadora na Região Central do Rio, no dia 14 de março de 2018, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ronald, diz a PGR, monitorou as redes sociais da vereadora e soube que ela participaria de um evento na Casa das Pretas, na Rua dos Inválidos, e "encontrou a oportunidade para a execução do homicídio." Com a informação, Major Ronald telefonou para Edmilson “Macalé” – intermediário entre a "missão" da execução de Marielle e Ronnie Lessa – na manhã do dia do atentado, dando-lhe a notícia do fato. Segundo a PGR, em seguida, Macalé telefonou para Lessa para repassar a informação recebida. O local fica longe do trajeto de chegada ou saída da Câmara de Vereadores, como, segundo a Polícia Federal, exigiu o delegado e ex-chefe de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, para evitar conotação política do crime. "Em relação a Rivaldo Barbosa, Ronnie Lessa declarou que aceitou a empreitada homicida, pois os irmãos Brazão expressamente afirmaram que o então chefe da Divisão de Homicídios da PCERJ teria contribuído para preparação do crime, colaborando ativamente na construção do plano de execução e assegurando que não haveria atuação repressiva por parte da Polícia Civil. Ronnie pontuou que Rivaldo exigiu que o M.F. da S. não fosse executada em trajeto de deslocamento de ou para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, pois tal fato destacaria a conotação política do homicídio, levando pressão às forças policiais para uma resposta eficiente", diz a PF. O texto está no relatório da Polícia Federal que baseou o pedido de prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Além de Rivaldo, foram presos os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, acusados de serem os mandantes. Ronald Pereira e Robson Calixto Fonseca, o Peixe, foram denunciados, nesta quinta-feira (9), por envolvimento com supostos mandantes do crime. Ronald já cumpre pena por quatro homicídios e ocultação de cadáver. Ele foi um dos chefes da milícia na comunidade da Muzema. Já Peixe era assessor de Domingos Brazão no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), e segundo a denúncia da PGR, atuava pelo menos desde 2018 em atividades típicas de milícia em áreas controladas pelos irmãos Brazão. Segundo a investigação, Peixe fazia a ligação entre os irmãos Brazão e Lessa. Caso Marielle: mais dois suspeitos estão presos por participação no crime LEIA TAMBÉM: PGR denuncia irmãos Brazão e ex-chefe da polícia do RJ por mandar matar Marielle; ex-assessor é preso Caso Marielle: presos nesta quinta tinham 'função' de monitorar vereadora e fazer contato com milicianos, diz PF Irmãos Brazão mandaram matar Marielle por frustrar interesses da dupla e para e intimidar PSOL no Rio, aponta PGR Infográfico mostra como ocorreu o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, segundo as investigações Alexadre Mauro, Betta Jaworski, Igor Estrella, Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1 O que dizem os denunciados Até a última atualização desta reportagem, a defesa de Robson Calixto ainda não tinha se manifestado. Domingos Brazão A defesa de Domingos Brazão foi informada, pela imprensa, sobre o oferecimento de denúncia relacionada ao homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes. A defesa constituída ainda não teve acesso à acusação e tampouco às colaborações, porém, ao julgar pelas notícias, a narrativa acusatória é uma hipótese inverossímil, que se ampara somente na narrativa do assassino confesso, sem apresentar provas que sustentem a versão do homicida. Chiquinho Brazão A defesa do Deputado Federal Chiquinho Brazão esclarece que ainda não teve acesso à Denúncia formulada pela PGR, como também ainda não conhece os termos das delações citadas no relatório da PF. Assim, ainda não é possível fazer um juízo de valor sobre as acusações. Rivaldo Barbosa Os advogados Marcelo Ferreira e Felipe Dalleprane afirmaram que causou estranheza à defesa esse tipo de procedimento porque, segundo a notícia, a denúncia teria sido apresentada no dia 7, mas fomos ao STF no dia 8, para protocolar pedido de revogação da prisão preventiva do Rivaldo Barbosa, e não existia informação nos autos sobre o protocolo de nenhuma peça da PGR. A defesa de Rivaldo Barbosa afirmou também que é estranho o fato de nenhum dos investigados terem sido ouvidos antes da denúncia da PGR, em total afronta a determinação judicial do STF, de oitiva dos investigados logo após a prisão. No caso específico do RIVALDO, a narrativa de um réu confesso de homicídio (Ronnie Lessa) parece mais importante do que o depoimento de um delegado de polícia com mais de 20 anos de excelentes serviços à segurança pública do RJ, que sequer teve a chance de expor sua versão sobre os fatos antes de ser denunciado. Sobre o mérito da acusação, os advogados informaram que irão se posicionar oportunamente, tão logo tenham acesso ao teor da denúncia. Major Ronald A defesa de Ronald Paulo Alves Pereira, capitaneada pelo escritório Igor de Carvalho, esclarece que foi surpreendida pela informação da inserção de seu cliente, como acusado, no processo que apura a morte da vereadora Marielle e de Anderson. Sobretudo porque, após detida análise do relatório final da investigação, disponibilizado pelo Supremo Tribunal Federal, fica evidente que a própria Polícia Federal afirmou a total ausência de elementos que corroborassem as palavras do criminoso confesso e delator Ronnie Lessa, no tocante à participação do cliente deste escritório. Portanto, causa elevada estranheza a conduta da Procuradoria Geral da República ao oferecer denúncia e requerer prisão, haja vista o pequeno prazo entre o término da longeva investigação (que concluiu inexistir provas contra Ronald) e a denúncia. Ressalte-se que, assim que houver maiores informações acerca dos motivos que levaram a tal inusitada situação, posto que esse escritório ainda não teve acesso ao conteúdo do processo, a defesa trará à sociedade as provas que refutam tais infundadas acusações. Ronald Paulo Alves Pereira e Robson Calixto, o Peixe Reprodução

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/05/10/major-ronald-ajudou-a-definir-data-e-local-do-atentado-contra-marielle-diz-pgr-oportunidade-para-o-homicidio.ghtml


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